8.09.2011

China, Irã, Coreia do Norte, Iêmen e EUA são campeões em pena de morte

A China, o Irã seguido pela Coreia do Norte, Iêmen e Estados Unidos, nesta ordem, são os países que mais aplicaram penas de morte no ano passado. Os dados constam em um relatório anual sobre o tema elaborado pela ONG italiana “Nessuno tocchi Caino” e apresentado nesta quinta-feira (4) en Roma. Segundo a organização, “a aplicação da pena capital no mundo diminuiu em 2010 e nos primeiros seis meses de 2011, e mantém a mesma trajetória de baixa registrada há dez anos”. Apesar da tendência de recuo, ao menos 5.837 pessoas foram executadas em 22 países, a maioria deles asiáticos. Só na China foram cerca de 5.000 execuções; no Irã foram 546; 60 na Coreia do Norte; “ao menos 53” no Iêmen; e 46 mortos em 12 Estados dos EUA. “Muitos países não fornecem estatísticas oficiais sobre a aplicação da pena de morte, por isso que o número de execuções poderia ser muito mais alto”, afirma o documento apresentado diante da vice-presidente do Senado italiano, Emma Bonino. A China se mantém, com dados similares aos de 2009, como o país onde mais penas de morte foram aplicadas no mundo – constitui 85,6% do total mundial. O Irã foi a única nação em que o número de execuções aumentou (546 em 2010 frente às 402 do ano anterior), e, segundo a ONG Iran Human Rights, citada pelo documento, só até julho deste ano já foram executadas 390 pessoas no país, três vezes mais do que em 2010. Conforme o relatório, os países que decidiram abolir a pena de morte pela lei e na prática já somam 155, dos quais 97 são totalmente abolicionistas, oito suprimiram os delitos de morte para os crimes ordinários e seis aplicaram uma moratória sobre as execuções. Os abolicionistas de fato – os que levam mais de dez anos sem realizar nem uma só execução – somam 44. 42 Estados mantêm a pena máxima como castigo penal. O relatório afirma que oito países retomaram, entre 2010 e 2011, a aplicação de penas de morte: Somália (8), a Autoridade Nacional Palestina (ANP) (5), Guiné Equatorial e Taiwan (4, respectivamente), Belarus e Afeganistão (2, respectivamente), Emirados Árabes Unidos e Barein (1 cada). A ONG italiana também afirma que os custos da pena de morte são elevados e desnecessários. Nos EUA, por exemplo, uma execução custa aos cofres públicos entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões. Além disso, sustenta o relatório, dos 42 países mantenedores de pena de morte, 35 “são autoritários e antiliberais”. “A solução definitiva do problema, mais do que a luta contra a pena de morte, deve concentrar-se na luta pela democracia, na afirmação do estado de direito, na promoção e no respeito aos direitos políticos e das liberdades civis”, diz o documento. No entanto, quatro democracias liberais também aplicaram a pena capital: Estados Unidos (46), Taiwan (4), Japão (2) e Botsuana (1). Só nos Estados Unidos, em 2010, foram executadas 46 pessoas em 12 Estados, seis a menos que em 2009. Nos primeiros seis meses de 2011 foram 25 execuções em nove Estados. Bahamas, Gabão, Guiné e Mongólia aplicaram moratórias e somaram-se à lista de países para suprimir definitivamente a pena de morte. Entre 2010 e o primeiro semestre de 2011, não ocorreram execuções em Omã, Cingapura e Tailândia, países que figuravam nas listas do ano 2009. O relatório recolheu 714 execuções em 13 países de maioria muçulmana (três a mais que em 2009), o que representa aumento substancial com relação aos 658 casos do ano anterior, devido, geralmente, à interpretação rigorosa que em muitos deles faz-se da “sharia” ou lei islâmica. O estudo afirma ainda que “a Europa seria um continente totalmente livre da pena de morte a não ser por Belarus, país que não parou de condenar e justiçar aos cidadãos desde o fim da União Soviética e que em 2010 matou dois acusados por homicídio e outros tantos em 2011″. Fonte: Revista Época

Análise Bíblica – Livro de Gênesis A.T.

Autor: O autor do Livro de Gênesis não é identificado. Tradicionalmente, tem-se sempre achado que o autor foi Moisés. Não há nenhuma razão determinante para negar a autoria mosaica de Gênesis. Quando foi escrito: O livro de Gênesis não afirma quando foi escrito. A data de sua autoria é provavelmente entre 1440 e 1400 AC, entre o tempo quando Moisés conduziu os israelitas para fora do Egito e a sua morte. Propósito: O livro de Gênesis tem sido por vezes chamado de “semente-enredo” de toda a Bíblia. A maioria das principais doutrinas da Bíblia é introduzida de forma “semente” no livro de Gênesis. Junto com a Queda do homem, a promessa de Deus de salvação ou redenção é registrada (Gênesis 3:15). As doutrinas da criação, imputação do pecado, justificação, expiação, depravação, ira, graça, soberania, responsabilidade e muitas outras são abordadas neste livro de origens chamado Gênesis. Muitas das grandes questões da vida são respondidas em Gênesis. (1) De onde é que eu vim? (Deus nos criou – Gênesis 1:1) (2) Por que estou aqui? (Nós estamos aqui para ter um relacionamento com Deus – Gênesis 15:6) (3) Para onde vou? (Temos um destino após a morte – Gênesis 25:8). Gênesis é atraente ao cientista, ao historiador, ao teólogo, à dona de casa, ao agricultor, ao viajante e ao homem ou mulher de Deus. É um começo adequado para a história de Deus do Seu plano para a humanidade, a Bíblia. Versículos-chave: Gênesis 1:1: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Gênesis 3:15: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Gênesis 12:2-3: “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gênesis 50:20: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.” Resumo: O livro de Gênesis pode ser dividido em duas seções: História Primitiva e História Patriarcal. A História Primitiva registra (1) Criação (Gênesis 1-2), (2) a Queda do homem (Gênesis 3-5), (3) o Dilúvio (Gênesis 6-9) e (4) a Dispersão (Gênesis capítulos 10-11). A História Patriarcal registra as vidas de quatro grandes homens: (1) Abraão (Gênesis 12-25:8), (2) Isaque (Gênesis 21:1-35-29); (3) Jacó (Gênesis 25:21-50: 14) e (4) José (Gênesis 30:22-50:26). Deus criou um universo que era bom e livre do pecado. Deus criou o homem para ter um relacionamento pessoal com Ele. Adão e Eva pecaram e, assim, trouxeram o mal e a morte ao mundo. O mal aumentou de forma constante em todo o mundo até que houve apenas uma família em que Deus encontrou algo de bom. Deus enviou o Dilúvio para acabar com o mal, mas salvou Noé, sua família e os animais da Arca. Após o Dilúvio, a humanidade começou novamente a se multiplicar e a se espalhar por todo o mundo. Deus escolheu Abraão, através de quem Ele criaria um povo escolhido e eventualmente o Messias prometido. A linhagem escolhida foi passada para o filho de Abraão, Isaque, e então ao filho de Isaque, Jacó. Deus mudou o nome de Jacó para Israel, e os seus doze filhos tornaram-se os antepassados das doze tribos de Israel. Em Sua soberania, Deus fez com que o filho de Jacó, José, fosse enviado para o Egito como resultado das ações desprezíveis dos seus irmãos. Este ato, projetado para o mal pela perversidade dos irmãos, foi por Deus destinado para o bem e eventualmente resultou em Jacó e sua família sendo salva por José de uma fome devastadora, pois este havia adquirido grande poder no Egito. Prenúncios: Muitos temas do Novo Testamento têm suas raízes em Gênesis. Jesus Cristo é a Semente da mulher que irá destruir o poder de Satanás (Gênesis 3:15). Tal como acontece com José, o plano de Deus para o bem da humanidade através do sacrifício de Seu Filho foi concebido para o bem, apesar de que aqueles que O crucificaram tiveram más intenções. Noé e sua família são os primeiros de muitos remanescentes retratados na Bíblia. Apesar de desvantagens esmagadoras e circunstâncias difíceis, Deus sempre preserva um grupo remanescente dos fiéis para Si. O remanescente de Israel retornou a Jerusalém depois do cativeiro babilônico; Deus preservou um remanescente através de todas as perseguições descritas em Isaías e Jeremias; um remanescente de 7.000 sacerdotes foram escondidos da ira de Jezabel; Deus promete que um grupo remanescente de judeus um dia receberá o seu verdadeiro Messias (Romanos 11). A fé demonstrada por Abraão seria o dom de Deus e a base de salvação para os judeus e gentios (Efésios 2:8-9, Hebreus 11). Aplicação Prática: O tema predominante de Gênesis é a existência eterna de Deus e a Sua criação do mundo. Não há nenhum esforço por parte do autor de defender a existência de Deus; ele simplesmente afirma que Deus é, sempre foi e sempre será o Todo-Poderoso sobre todos. Da mesma forma, temos confiança nas verdades de Gênesis, apesar das afirmações daqueles que o negam. Todas as pessoas, independentemente da cultura, nacionalidade ou língua, terão que prestar contas diante do Criador. Não obstante, por causa do pecado, introduzido ao mundo pela Queda, somos separados de Deus. No entanto, através de uma pequena nação, Israel, o plano redentor de Deus para a humanidade foi revelado e feito acessível a todos. Alegramo-nos com esse plano. Deus criou o universo, a terra e todo ser vivo. Nós podemos confiar que Ele pode lidar com as preocupações em nossas vidas. Deus pode tomar uma situação desesperadora (como Abraão e Sara ainda sem filhos) e fazer coisas incríveis se simplesmente confiarmos e obedecermos. Coisas terríveis e injustas podem acontecer em nossas vidas, como aconteceram com José, mas Deus sempre vai fazer surgir um bem maior se tivermos fé Nele e em Seu plano soberano. “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28).