4.21.2015

O secularismo explícito do padre Fábio de Melo



Por Fabio Blanco: Quando eu estava decidido a falar sobre outros assuntos, superando a questão da manifestação pública de religiosos e sua legitimidade,...

Quando eu estava decidido a falar sobre outros assuntos, superando a questão da manifestação pública de religiosos e sua legitimidade, não é que me aparece o padre pop Fábio de Melo e solta, no twitter, uma sequência de pensamentos que são o exemplo perfeito de tudo o que eu venho expondo por aqui? Lançando meia-dúzia de espirros verbais, consequência, certamente, de um vírus modernista que, parece, tomou conta do sacerdote católico, ele acabou expectorando a visão laicista de sociedade que preenchia seu peito e ansiava ser colocada para fora.
O padre afirmou, sem nenhum rodeio, que “a união civil entre pessoas do mesmo sexo não é uma questão religiosa. Portanto, cabe ao Estado decidir”. E já, nisso, constatamos o aspecto esquizofrênico de suas palavras, expondo que é normal alguém ter duas personalidades, uma religiosa e outra pública e que existem questões que são exclusivamente religiosas, enquanto outras são exclusivamente civis. O que talvez ele não perceba, é que essa fragmentação, no ser e também na sociedade, é fruto de uma doença moderna, como bem alertou Francis Schaeffer, em seu livro A Morte da Razão, ao afirmar que, “não se pode ter verdadeira moral no mundo real uma vez feita essa dissociação. [Da mesma forma] não se tem uma base adequada para o direito, para a lei”. O que Schaeffer quer dizer é que, quando se abre mão da unidade do pensamento, quando se separa as ideias religiosas das civis, estas deixam de possuir qualquer moralidade, pois não têm onde encontrar referências. Mas, o que é mais absurdo nisso tudo, é um líder religioso não atentar para essas coisas, se tornando, dessa forma, um promotor dessa amoralidade social.
E, em uma demonstração explícita de sua fé, não em Jeová, claro, mas em Leviatã, Fábio de Melo ressalta que “o Estado decide através dos que são democraticamente eleitos por nós. São eles que propõem, votam e aprovam as leis”. De fato, ele não está dizendo, formalmente, nenhuma novidade, mas dentro de todo o contexto de suas afirmações, é evidente que o que ele está propondo é que as pessoas religiosas não devem tentar influenciar seus eleitos, expondo suas convicções. Como se os representantes do povo, ao assumirem seus mandatos, se desvinculassem de seus eleitores, agindo de maneira autônoma e com base, apenas, em suas próprias ideias pessoais. Ele esquece que os congressistas não recebem uma carta branca de quem votou neles para fazerem o que bem entenderem, mas devem, sim, refletir a vontade de seus eleitores. E, falando do tema levantado pelo padre, até aqui, a maioria da população brasileira não tem se mostrado favorável ao casamento gay. Portanto, suas afirmações não passam de desvirtuamento, uma forma de despistar os olhos das pessoas do problema principal. Na verdade, o que ele está fazendo é exigir que os fiéis de sua igreja calem a boca e assistam, passivamente, os grupos que trabalham a favor dos direitos dos homossexuais impor sua agenda.
Isso fica ainda mais claro quando o sacerdote diz que “aos líderes religiosos reserva-se o direito de estabelecerem suas regras e ensiná-las aos seus fiéis. E isto o Estado também garante”. Ora, se eu não soubesse quem é o padre Fabio de Melo diria que o seu perfil fora hackeado, pois suas palavras passam ao largo do que se espera de um representante da Igreja. O que ele está afirmando nada mais é que os religiosos não têm direito à voz na sociedade. Que eles podem, por causa de uma mera concessão estatal, discutir seus dogmas internamente, mas que não ousem sair de seus currais eclesiásticos. Nem da boca de ateístas ferrenhos lembro ter ouvido palavras tão segregacionistas! Primeiro, não são os líderes religiosos que estabelecem as regras e ele, como um deles, deveria saber muito bem disso. Ao falar dessa forma engana, propositalmente, sua audiência, dando a impressão que as regras religiosas são meros reflexos das idiossincrasias dos homens. E isso é um típico discurso de um inimigo da Igreja. Em segundo lugar, os religiosos são parte, e constituem uma proporção considerável, da sociedade. Não há, portanto, como ignorar suas demandas, sua forma de enxergar a vida e, também, suas rejeições. E, se estamos em uma democracia, como tanto gostam de afirmar esses filhos da modernidade, por que, então, eles não respeitam-na, principalmente quando a vontade da maioria vai de encontro com suas ideologias?
E, quem diria, eu estaria vivo para presenciar um padre falando, abertamente, contra sua própria instituição!? Fabio de Melo, por mais surpreendente que isso seja, não se sente nem um pouco constrangido em estabelecer que “as igrejas não podem, por respeito ao direito de cidadania, privar as pessoas, que não optaram por uma pertença religiosa, de regularizarem suas necessidades civis“. O que ele está dizendo é muito fácil entender. Ele está determinando que a união civil de homossexuais é um direito indiscutível e deve ser permitida, de qualquer maneira. No entanto, para quem acabara de afirmar que religiosos não devem dar palpites públicos, com base em suas convicções, o padre está sendo bem explícito ao dar o seu. Mas, é claro, o que ele quer dizer, na verdade, é que os religiosos não devem influenciar as decisões públicas quando forem a favor da visão cristã. Se, pelo contrário, forem contra o cristianismo, como é o caso da convicção do próprio padre, aí, sim, eles têm direito de falar o que bem entendem e tentar influenciar as pessoas.
Como vimos aqui, e como eu venho afirmando, quando um lado deixa de expor suas convicções, o outro impõe as deles. Estas afirmações do padre apenas corroboram tudo aquilo que eu tenho compartilhado com vocês: que, na política e na cultura, não há vácuos morais, nem de ideias. Se um dos lados se abstém de influenciar a sociedade, ensinando sobre sua cosmovisão, não adianta achar que vai se criar um campo neutro, amoral, livre de princípios. Na verdade, quando os religiosos se calam, são seus inimigos que se levantam e, sem nenhum pudor, vão fazer de tudo para que as pessoas não apenas aceitem seus valores, mas os absorvam, até o ponto que a religião e seus princípios sejam suprimidos completamente.
E, não se enganem, Fábio de Melo não está sendo ingênuo, nem está errando por entender de maneira equivocada a realidade que o cerca. Suas palavras tornam evidente que ele é, de fato, um agente secularista, com convicções secularistas, que está dentro da Igreja apenas para tentar calá-la ou desvirtuar o seu discurso. E se ele ainda usa batina (ah! me desculpem, ele nem me parece muito afeiçoado a essa vestimenta) é porque acima dele também existem alguns que não discordam tanto de tudo aquilo que o padre anda falando por aí.
* As opiniões expressas nos textos publicados são de exclusiva 
responsabilidade dos respectivos autores e não refletem, necessariamente,
 a opinião do Gospel Prime.

Audiência do pastor Silas Malafaia em processo contra a revista Forbes é marcada; Relembre o caso





O pastor Silas Malafaia terá sua primeira audiência contra a revista Forbes no próximo dia 04 de maio. O processo foi movido pelo pastor devido a uma publicação da revista que o incluía entre os cinco líderes evangélicos mais ricos do país.
Na audiência do próximo mês, Malafaia vai sustentar que a alegação da Forbes de que teria mais de US$ 150 milhões em patrimônio é uma calúnia.
“Silas Malafaia tem audiência marcada no próximo dia 4 de maio no Rio de Janeiro em processo aberto contra a revista Forbes. Em 2013, a publicação qualificou o pastor como um dos líderes evangélicos mais ricos do Brasil, com patrimônio de 150 milhões de dólares – atrás apenas das fortunas acumuladas por Valdemiro Santiago e Edir Macedo. O processo por calúnia e difamação corre na 5ª Vara Cível da Barra da Tijuca (RJ)”, informou o jornalista Thiago Prado, no site da revista Veja.
À época da publicação, em janeiro de 2013, Malafaia estipulou seu patrimônio total em R$ 6 milhões, e teria dito que iria lutar contra a revista até as últimas consequências: “Vou ferrar esses caras. Vivo de renda voluntária. Eles me prejudicaram. [O fiel] vê aquilo e pensa, ‘ih, não vou [dar o dízimo], tá me roubando’”, disse o pastor, de acordo com a jornalista Mônica Bergamo.
Agora, em seu Twitter, o pastor voltou a comentar o caso e disse que a marcação da audiência é a resposta para quem achou que ele não iria adiante contra uma das maiores publicações do mundo: “Alguns bobinhos que não conhecem o trâmite da justiça pensaram que eu estava blefando ao dizer que processaria a Forbes. Jornalista inescrupuloso da revista Forbes, para me denegrir, mente sobre meu patrimônio”, disparou o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).

Publicado por Tiago Chagas 

Imigrantes muçulmanos são acusados de terem jogado cristãos ao mar na viagem entre a África e a Europa Publicado por Tiago Chaga





Autoridades da Itália investigam imigrantes muçulmanos do norte da África de terem cometido “múltiplo homicídio agravado por ódio religioso”. A suspeita é que os adeptos do islamismo tenham jogado ao mar imigrantes cristãos durante a viagem rumo à Europa.
A Europa tem vivido um fenômeno imigratório bastante chamativo nos últimos anos, recebendo pessoas que se arriscam em embarcações precárias, partindo da África, numa tentativa de conquistar a oportunidade de lutar por uma vida melhor.
Somente na última semana, mais de 10 mil imigrantes desembarcaram na Itália, segundo as contas da Guarda Costeira Italiana. Há na comunidade europeia a suspeita de que, entre os muçulmanos, estariam soldados do Estado Islâmico e outros grupos extremistas, que estariam viajando ao Velho Continente com a missão de espalhar o terrorismo da jihad.
A partir de depoimentos das testemunhas, a polícia de Palermo, na Itália, acredita que os muçulmanos jogaram doze cristãos da embarcação durante uma discussão, segundo informações da BBC. Os investigadores acreditam que a chance desses cristãos terem sobrevivido é ínfima.
Os imigrantes cristãos eram oriundos de Gana e Nigéria. Já os muçulmanos são da Costa do Marfim, Senegal, Mali e Guiné. Todos faziam parte de um grupo de 105 pessoas que partiram da Líbia na terça-feira, 14 de abril, em um barco inflável.
O papa Francisco, que encara a situação como um caso de calamidade pública – a maioria dos que se arriscam na viagem precária entre os continentes fogem de guerras civis e da miséria de muitos países africanos -, fez inúmeros apelos às autoridades do continente para que ajudem os imigrantes.
A perseguição religiosa de muçulmanos contra cristãos também foi tema de uma homilia do papa durante a Páscoa, quando destacou que os seguidores de Jesus são os que mais morrem em decorrência da intolerância.

4.20.2015

Entidades cristãs divulgam carta aberta aos políticos evangélicos pedindo que honrem seus mandatos






Um grupo de entidades cristãs de ação social publicou uma carta aberta aos políticos evangélicos brasileiros pedindo, em resumo, que honrem o mandato para o qual foram eleitos respeitando as leis e os princípios cristãos.

No texto, a Aliança Bíblica Universitária do Brasil, a Rede FALE e o Seven Movimento Estudantil afirmam que seu propósito é expressar as “inquietações sobre os desafios que estão diante de nós para a construção de uma nação justa e inclusiva”.

Os representantes das entidades destacam que o Brasil é um país com leis modernas, mas que precisam ser colocadas em prática para que exista justiça social e cidadania.

A carta ainda destaca que é preciso vigiar pelos “direitos consagrados na Constituição Federal e que estão de acordo com o princípio basilar da Justiça do Reino de Deus”, e lembra que a separação entre a religião e o Estado é uma bandeira da Reforma Protestante.

Um dos pontos que essas entidades se posicionam de forma contrária à maioria dos parlamentares da bancada evangélica no Congresso Nacional é a redução da maioridade penal.

Confira a íntegra da carta:

O que segue a justiça e a beneficência achará a vida, a justiça e a honra”. Provérbios 21.21
Prezados irmãos e irmãs parlamentares,
Nós, organizações evangélicas envolvidas com a agenda de ação social e de direitos humanos e engajados na transformação efetiva de nossa nação, escrevemos essa carta com intuito de manifestar nossas inquietações sobre os desafios que estão diante de nós para a construção de uma nação justa e inclusiva.
Constatamos que a cada ano aumenta a inserção dos evangélicos na vida pública brasileira. Percebemos que o momento atual nos apresenta uma oportunidade concreta para a promoção e a defesa dos direitos das pessoas e grupos mais vulneráveis. Entendemos que a postura apropriada de irmãos e irmãs que ocupam cargos de função pública é de escuta a Deus e à sociedade, a fim de que seu exercício esteja a serviço daqueles que mais carecem. Quando um cristão está imbuído desse espírito, ele dá bom testemunho de sua fé e promove a justiça e equidade do Reino. Com esse entendimento, escrevemos esta carta como um apelo à boa consciência dos congressistas que tem orientação de fé evangélica.
Em primeiro lugar, julgamos que cabe aos deputados evangélicos o respeito ao princípio do Estado Laico. A laicidade é, sobretudo, uma das grandes bandeiras históricas doo protestantismo brasileiro. Devemos valorizar esse legado como uma bela contribuição que nossos irmãos do passado deram para a sociedade e a democracia brasileiras. Somos chamados a respeitar a liberdade de crença e a pluralidade que é tão presente numa sociedade complexa como a nossa.
Entendemos também que é importante que a nossa luta se paute pelo reconhecimento de que é preciso assegurar direitos consagrados na Constituição Federal e que estão de acordo com o princípio basilar da Justiça do Reino de Deus. Embora o Brasil tenha uma legislação avançada em diversas áreas, em muitos casos ela ainda precisa ser efetivada. Conclamamos nossos irmãos para a defesa de direitos já adquiridos de crianças, adolescentes e jovens, idosos, negros, índios e mulheres. Somos ainda um país que não superou o racismo, que destrata os mais velhos, desconsidera os índios, massacra seus jovens e violenta as mulheres, desvaloriza professores, de mineradoras que violentam o solo, desperdiçando toneladas de água e pelo total desrespeito ao meio ambiente. Que a defesa das famílias brasileiras se paute, sobretudo, pela eliminação dessas tragédias que se perpetuam e assaltam os lares em todo país. Ao lidar com essas situações que geram morte, desejamos que se faça defesa intransigente desses direitos.
Soma-se a esses pontos uma necessária e urgente reforma política que coíba os vícios que corrompem o jogo democrático. É preciso frear os grupos poderosos que financiam campanhas astronômicas para logo depois cobrar a fatura com esquemas que violentam a ética e a moralidade públicas. Apoiamos também a criação e formalização de instâncias de participação social em todas as fases de elaboração, definição, aprovação e execução de Políticas Públicas. Defendemos também, como pauta positiva, a efetivação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), o Plano Nacional de Juventude e o PL 4771/2012, que trata do fim do auto de resistência. Infelizmente há ainda uma grande desproteção social que coloca os jovens pobres em situação de vulnerabilidade ante a violência institucional, pela falta de perspectiva de trabalho, cultura, educação, saúde e lazer de qualidade.
Irmãos e irmãs, o apóstolo Paulo pede para que oremos por nossas autoridades. Nosso clamor é para que tenham sabedoria para honrar seus mandatos. A Palavra do Senhor nos diz em Provérbios 14.31 que somos honrados por Deus quando cuidamos dos pobres. Que o caminho da defesa dos pobres seja a coroa dos vossos mandatos.
Em Cristo,

BARACK OBAMA aviso aos evangélicos