A Páscoa judaica, chamada de Pessach, começou na segunda-feira (25) e termina no dia 2 de abril. A festa celebra a liberdade do povo hebreu, depois de viver como escravo no Egito.
"Mais de 600 mil homens saíram do Egito, de acordo com a Bíblia. Isso daria em torno de três milhões de pessoas, incluindo mulheres e crianças. Eles andaram por 40 anos no deserto do Sinai até chegar a Canaã, que hoje é Israel", explica Cecília Ben David, coordenadora de cursos do Centro da Cultura Judaica.
Durante os oitos dias de celebração, não se pode comer alimentos fermentados, nem ter em casa bolos, biscoitos e massas.
Após o jantar (sêder) é feita uma brincadeira com as crianças usando a matzá. "O pão é dividido em duas partes e o pedaço menor (afikoman) é escondido em alguma parte da casa. Quem encontrar a afikoman, ganha um presente", diz Cecília.
Além da matzá, outros alimentos são servidos durante o jantar e cada um tem um simbolismo que recorda o sofrimento durante a escravidão.
O osso de perna assado (zeroá) representa o sacrifício. A raiz forte (maror) lembra a amargura da escravidão. A água salgada representa as lágrimas derramadas. O charósset, uma mistura com vinho, maçãs e nozes, se parece com o barro que os hebreus usavam para fabricar os tijolos das pirâmides. E o ovo cozido (beitzá) é um símbolo do luto cela destruição do Templo de Jerusalém.
Para ela, a Páscoa é uma das festas mais simbólicas do Judaísmo. "É preciso saber valorizar a liberdade e se lembrar da escravidão do povo hebreu para que não volte a acontecer".
Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou.
Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
Mateus 26:27
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