Em virtude do aniversário de 20 anos da morte de Ayrton Senna, o
ex-piloto de Fórmula 1 Alex Dias Ribeiro publicou um artigo no qual
comenta a vida religiosa dele que foi o maior astro do automobilismo
brasileiro. Ao falar de Senna, Ribeiro responde sua opinião ao
questionamento se o ídolo da Fórmula 1 “foi para o céu”.
Em seu texto, Ribeiro comenta sobre a vida de Senna, fazendo um paralelo entre a vida pessoal e a carreira do piloto.
- Ao contrário do super-herói ao volante, Ayrton era um homem tímido,
introvertido, calado e triste no olhar. Muito sensível, ele era
extremamente vulnerável às criticas, aos desapontamentos e amarguras que
a vida impõe aos simples mortais – relata.
Ele afirma que, por causa da fama decorrente de sua carreira, Senna
acabou se isolando e se tornando uma pessoa solitária, uma vez que o
foco da maioria das pessoas que o rodeavam era o mito e não o homem, o
que só mudou quando ele se converteu ao evangelho.
- Seu encontro com Cristo foi o grande plus de sua vida – explica.
- Mas a experiência com os cristãos que viviam atrás dele pedindo
coisas que iam de um autografo até dinheiro, passando por algumas
propostas de casamento, o deixavam confuso e aborrecido.Generoso por
natureza, Senna era um homem caridoso que ajudava muita gente, entidades
assistenciais e até igrejas – ressaltou.
De acordo com Ribeiro, Ayrton Senna foi evangelizado pela então
missionária Neuza Itioka, que orou por ele durante uma fase ruim em sua
carreira. Segundo ele, após a oração a carreira de Senna voltou a
melhorar, o que teria feito com que ele se interessasse por conhecer
mais a respeito do evangelho.
- Neuza apresentou-lhe Jesus, como único caminho para se chegar a
Deus. Falou do plano da salvação e fez o convite para que Ayrton Senna
da Silva recebesse a Cristo, como seu único e suficiente salvador. Ele
topou na hora. Foi uma decisão muito consciente e sincera – completou
Ribeiro, ressaltando que a conversão de Senna foi mantida em segredo por
algum tempo, até que ele amadurecesse sua fé.
- Durante um ano procuramos manter sigilo absoluto, tentando dar a
Senna a chance de crescer espiritualmente antes de ser confrontado pelo
mundo da F1. Mas ele mesmo começou a sentir dentro de si um desejo
enorme de falar das coisas lindas que sentia em seu coração em
lua-de-mel espiritual. No GP de Portugal de 1989, ele abriu a boca na
coletiva de imprensa e falou quase meia hora sobre seu relacionamento
com Deus – afirma Ribeiro, ressaltando que a declaração de Senna foi
“uma bomba que repercutiu no mundo inteiro”.
Porém, Ribeiro afirma que a divulgação da conversão de Senna causou
uma grande pressão por parte da mídia e de sua família, o que acabou
afastando a missionária e outros cristãos dele, deixando-o sem
orientações acerca da sua fé.
- Sem uma boa orientação bíblica, Ayrton continuou levando a vida
centrada em si mesmo, ao invés de centrá-la em Deus.Decepcionado com a
religião, saiu em busca da autossatisfação nas coisas do mundo. Mas o
que ele buscava, o mundo não podia oferecer. E assim foi tornando-se
insatisfeito ao ponto de subir ao pódio depois de grandes vitórias e não
expressar um sorriso no rosto – explicou.
Alex Dias Ribeiro conclui seu texto afirmando que acredita que Senna
“foi para o céu”,
independente de suas atitudes, já que entregou sua
vida verdadeira e honestamente.
- Cristo entregou Sua vida na cruz para salvar pecadores. A
eternidade não tem lugar para mitos.
Mesmo não vivendo como manda o
figurino cristão, Ayrton tomou em vida a decisão de receber
a Cristo
como seu salvador. Depois da morte segue-se o juízo (Hb.9:27).
O juiz é
Deus e sua justiça é Cristo morrendo por nossos pecados. Juntando essas
premissas ao incondicional amor de Deus por pecadores perdoados; eu
creio que
Ayrton Senna da Silva vai pro Céu… – finalizou.
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