5.16.2014

Conselho de Psicologia decide na próxima sexta-feira se cassará o registro de Marisa Lobo: “Primeiro caso oficial de mordaça”, diz psicóloga




A psicóloga Marisa Lobo enfrentará, na próxima sexta-feira, 16 de maio, um julgamento no no Conselho de Ética do Conselho do Regional de Psicologia (CRP) do Paraná, por conta de sua expressão pública de fé nas redes sociais.
O processo foi iniciado há dois anos, quando Marisa Lobo recebeu uma intimação do CRP ordenando que ela removesse de suas redes sociais todas as referências à religião. O não cumprimento das exigências poderia resultar num processo de cassação do seu registro de psicóloga.
Desde então, Marisa mobilizou seus seguidores nas redes sociais para tornar conhecido o seu caso, que ela classifica como “mordaça”, e também se tornou alvo de protestos e chacotas do movimento LGBT.
“Se for condenada será o primeiro caso oficial da mordaça que a psicologia juntamente com o movimento LGBTT colocará em um profissional que não aceita as novas ideologias anti científicas da profissão”, diz Marisa Lobo.
O processo contra a psicóloga foi classificado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como abusivo, por ferir direitos constitucionais invioláveis, como a liberdade religiosa. “O conselho é inquisidor, e oportunista. Não acredito que justamente quando estamos discutindo sobre ideologia de gênero e estatuto da família, o Conselho queira me julgar. Ainda mais depois de um bom tempo sem me dar resposta, quando eu perguntava sobre o processo”, alertou Marisa, numa entrevista ao portal Guia-me.
intimacao crp-marisa lobo
Intimação enviada pelo CRP-PR à psicóloga Marisa Lobo
A situação é encarada por Marisa como delicada: “Estou tranquila, porque se me cassarem vão declarar esta perseguição. Se não, vão concordar comigo. Então o mais provável é que façam uma censura pública, na qual me obrigarão a negar tudo que acredito… E se eu não acatar a esta ordem, irão mover outro processo de cassação definitiva”.
Apesar dos contratempos, Marisa reafirma sua crença de que a justiça será feita: “Como pessoa fico angustiada sim, e minha profissão que amo, me dediquei por anos de minha vida, esforço, sem falar no financeiro… Mas Jesus, o Deus que acredito, faz com que este pequeno sacrifício valha a pena, porque não é nada comparado ao qual Ele fez por mim”, concluiu.



 Publicado por Tiago Chagas em 15 de maio de 2014

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