4.28.2020

Ministério da Justiça: escolhido por Bolsonaro para substituir Moro é pastor e doutor em Direito TIAGO CHAGAS 2 HORAS ATRÁS





O novo ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, é pastor presbiteriano e tem ampla formação em Direito com foco no combate à corrupção. Funcionário de carreira da Advocacia Geral da União (AGU), ele chegou a ser cotado para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Jair Bolsonaro. André Luiz Mendonça
O sucessor do ex-juiz Sérgio Moro no Ministério da Justiça atua como pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília (DF) e tem pós-graduação em direito pela Universidade de Brasília, além de doutorado em Estado de Direito e governança global, e mestrado em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Em 2011, atuando pela AGU, ele foi vencedor do Prêmio Innovare numa categoria especial por idealizar e coordenar um grupo dedicado à recuperação de ativos desviados em casos de corrupção, que ajudou o país a recuperar bilhões de reais.


Desde que assumiu a chefia da AGU no governo Bolsonaro, Mendonça participou das sessões do STF como defensor das posições da União nos processos. Ao longo dos anos, o novo ministro da Justiça construiu pontes de diálogo com ministros do tribunal, o que é visto pela ala mais próxima ao filósofo Olavo de Carvalho como algo negativo.
Segundo informações do portal G1, antes de assumir o cargo de ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Mendonça atuou como corregedor-geral do órgão entre 2016 e 2018, e também já tinha sido diretor do Departamento de Patrimônio Público e Probidade Administrativa da Procuradoria-Geral da União.
“Agradeço ao PR Jair Bolsonaro por confiar a mim a missão de conduzir as políticas públicas de Justiça e Segurança do nosso país. Meu compromisso é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida. Conto com o apoio do povo brasileiro! Que Deus nos abençoe!”, escreveu o novo ministro da Justiça em sua conta no Twitter.
STF
Na ocasião em que o presidente Bolsonaro declarou que indicaria um jurista evangélico para o STF, o nome de André Luiz Mendonça esteve entre os mais mencionados nos bastidores do governo.
“Quantos tentam nos deixar de lado nos dizendo que o Estado é laico? O Estado é laico, mas nós somos cristãos. Por isso meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal. Um deles será terrivelmente evangélico”, declarou Bolsonaro em 2019.
Em novembro, durante a tradicional conversa que o presidente conduz com os cidadãos que o visitam no Palácio da Alvorada, Bolsonaro pediu que Mendonça fizesse uma oração pelo país. “Ele vai fazer uma oração pelo nosso Brasil e por todos nós, tá ok?”, avisou o presidente momentos após ter apresentado Mendonça como pastor.
Em seguida, o presidente perguntou se havia algum evangélico entre as pessoas que o aguardavam, e acrescentou: “Obrigado pela missão que vocês me deram, por estar aqui. A gente vai fazer o possível com essa equipe maravilhosa”.
Mendonça cumprimentou as pessoas e iniciou sua oração agradecendo pela vida, pelo país e “por essas mulheres”, numa referência ao público majoritariamente feminino na saída do Alvorada. “Que o Senhor traga justiça, paz e prosperidade. Em nome de Jesus”, finalizou.
Para a vaga da AGU foi nomeado José Levi Mello do Amaral Júnior, e para a Diretoria da Polícia Federal, o escolhido foi Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e pessoa de relação próxima à família do presidente.
Agradeço ao pr @jairbolsonaro por confiar a mim a missão de conduzir as políticas públicas de Justiça e Segurança do nosso país. Meu compromisso é continuar desenvolvendo o trabalho técnico que tem pautado minha vida. Conto com o apoio do povo brasileiro! Que Deus nos abençoe!
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