1.18.2014

ONU cobra explicações do Vaticano sobre casos de pedofilia; Representante da Igreja Católica afirma que “não há desculpas” para os crimes





A Organização das Nações Unidas (ONU) organizou um  Comitê sobre os Direitos da Criança para discutir abusos sexuais contra menores por parte de integrantes da Igreja Católica, e um representante do Vaticano  foi a Genebra, Suíça, para prestar esclarecimentos.
O monsenhor Silvano Tomasi, presente na reunião, declarou que a Igreja Católica vê cada criança como “inviolável” em seu “corpo, mente e espírito”, e defendeu o ponto de vista de que não há desculpas para os atos de pedofilia praticados por representes do clero.
O Vaticano, que é signatário da Declaração Universal dos Direitos da Criança, vem sendo investigado pela ONU por suspeita de violação dos princípios do documento por, em tese, ter acobertado casos de abuso sexual contra crianças por parte de padres do México, Irlanda e Estados Unidos.
Em muitas ocasiões, ao comentar a falta de punições aos acusados, o Vaticano limitou-se a dizer que cada um dos padres estavam sujeitos à Justiça de seus países. Nesta quinta, Tomasi minimizou a importância dos abusos terem sido praticados por integrantes do clero: “Encontram-se abusadores nas profissões mais respeitadas do mundo e, mais lamentavelmente, entre membros do clero e profissionais da igreja”, afirmou.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Tomasi afirmou que o Vaticano está à disposição da ONU para “receber sugestões de como coibir a prática” entre seus membros.
Papa Francisco
Os escândalos de abusos sexuais vêm sendo observados pelo pontífice católico, que em abril de 2013 pediu aos seus colaboradores e demais integrantes da Igreja Católica uma “atuação decisiva” contra os abusos sexuais contra crianças.
Sem usar o termo pedofilia em seus discursos, Francisco tem marcado posição considerada mais contundente de que seu antecessor, o papa emérito Bento XVI.
Em julho de 2013, o papa Francisco deu outro passo na direção de fechar o cerco contra os abusos sexuais contra menores e assinou um decreto que aumenta a punição para os sacerdotes que forem pegos em casos de prostituição, violência sexual, pedofilia ou posse de pornografia.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

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