Julio Severo
Nenhum
casal quer ganhar um bebê com doença. Mas o que fazer se nasce um bebê
doente ou deficiente? Tratá-lo? Jogar fora como um objeto descartável?
Mais
do que tratá-lo, a atitude mais humana seria amá-lo. E seria um amor
contra-cultural, pois a cultura de hoje, profundamente consumista e
hedonista, nos ordena rejeitar tudo o que atrapalha nossa vida de
prazeres. Tudo: Filhos, cônjuges, casamento, Deus, etc.
Pr. Jânio Clímaco e seu filho João Pedro |
O
aborto não está legalizado no Brasil. Mas o “jeitinho brasileiro”
consegue driblar até a ética médica. Com ou sem lei, dentro da
privacidade de seu consultório, o médico pode fazer o que bem entender,
pois só Deus o vê.
O
casal evangélico saiu do consultório sem o “problema”, e continuou
normalmente indo aos cultos e ouvindo as pregações, numa rotina de ouvir
e não praticar.
Será
que a consciência nunca lhes doeu? Não sei. Algumas mulheres relatam
sofrimento e desgraças depois de um aborto, inclusive de um bebê
deficiente. Leia o relato de Marie Ideson e de como o aborto de sua filha com síndrome de Down arruinou sua vida e destruiu seu casamento.
O
pior não é quando membros de conseguem ocultamente se aproveitar da
privacidade do consultório médico para matar seus filhos em gestação. O
pior é quando um homem que se diz ensinador das coisas de Deus orienta publicamente o assassinato de bebês com síndrome de Down,
concordando com a cultura que ter um bebê assim trará “sofrimento” ao
casal. Caio Fábio, que já foi o maior pastor presbiteriano do Brasil,
hoje está nessa posição, usando artifícios psiquiátricos a favor da
cultura da morte, oferecendo suas soluções para tirar os “problemas” que
atrapalham a vida.
Se a cultura da morte manda matar, os apóstatas dizem amém.
Se
tivéssemos de descartar pessoas deficientes da nossa vida a fim de
preservar nosso conforto, o que seria de um marido, ou esposa, ou filho
já nascido anos que sofreu um acidente que exige o sacrifício de nossa
vida?
Um
pastor da Igreja da Vinha contou-me que, mesmo depois de convertido,
ele era orgulhoso e duro. Mas tudo isso mudou quando nasceu seu filho
com síndrome de Down, que exigiu dele toda a paciência do mundo. Essa
criança lhe ensinou a dar amor, carinho e cuidados o dia inteiro, todos
os dias. Como pastor, hoje ele é literalmente um “pastor”: ele cuida das
ovelhas de sua igreja com toda a paciência e amor que aprendeu com seu
filho deficiente.
Um bebê com síndrome de Down pode trazer bênçãos e transformações inesperadas.
Pr. Jânio Clímaco e seu filho João Pedro: carinho entre pai e filho |
Oi Júlio, Paz em Jesus.
Tenho
frequentemente lido o que você coloca na internet e essa matéria veio
como uma bomba no meu coração. Tenho um bebê com Down, como você mesmo
pode me ver na foto com ele. Eu sou pastor presbiteriano em Recife, PE.
Minha esposa é médica pneumologista. Temos outro filho, Lucas
Emanuel, sem a síndrome que tem cinco anos e meio de idade, e João Pedro
(carinhosamente chamado de John John) que tem dois anos, ele é portador
de SD. Pois bem, descobrimos na gravidez que o nosso bebê nasceria com
SD, com mais ou menos dois meses de gestação. Nunca nos passou na cabeça
que deveríamos abortar. Recebemos indiretas de alguns amigos médicos,
mas todos eles perceberam que isso era uma ofensa para nós.
Foi
uma gravidez difícil, minha esposa quase morre e o bebê também, mas
fomos até o fim pelo direito de nosso filho ter a vida. Pensávamos o
seguinte: Se ele não fosse portador de SD agiríamos de que forma? Ficou
fácil depois da clara resposta. Sempre entregamos tudo a Deus e
confiamos nEle.
Ele
era muito esperado e quando soubemos da SD choramos, lamentamos, mas
entregamos a Deus porque Ele teria um plano maravilhoso para nos confiar
uma criança como essa.
Hoje
ele já tem dois aninhos completos agora em outubro passado e só nos
trouxe alegria ao coração de seu pai, mãe e irmão. Ele é lindo (como
você pode ver), doce e extremamente carinhoso. Ele é a alegria da casa e
de nossa família. Não saberia viver sem ele hoje, confesso, mas ele tem
Dono, somo apenas simples mordomos desse tesouro maravilhoso.
João Pedro |
Nenhum comentário:
Postar um comentário