Algum tempo atrás, li um pequeno texto elaborado por um pastor amigo (Rev. Diogo Santana Rocha), e achei interessante sua abordagem com o título “O CRENTE QUE ATRAPALHA A IGREJA”. Daí o motivo que me inspirou a escrever este artigo, mas sob um outro ponto de vista: A IGREJA QUE ATRAPALHA O CRENTE. De fato, existem muitos irmãos que ao invés de contribuírem com o crescimento da igreja, estão trazendo vergonha para ela, com seu mau testemunho e vida de pecado.
Por outro lado, podemos
mencionar com propriedade que infelizmente existem muitas igrejas que
atrapalham o desenvolvimento dos crentes, nas quais a busca pelos dons
espirituais é ignorada, gerando cristãos religiosos e não discípulos,
amargurados e não curados, legalistas e não livres em Cristo Jesus.
Quando falo de igreja, neste
caso, refiro-me à igreja institucional, a sua liderança, seus conceitos
e doutrinas. Como estamos conduzindo nossos membros? O que estamos
produzindo no ministério? Como estamos preparando nossos líderes? Qual é
o legado que estamos deixando como igreja institucional? Será que
nossos sermões estão gerando vida em abundância nas pessoas? Existem
crentes que estão há décadas na igreja e ainda são improdutivos. De quem
é a responsabilidade? Do cristão que não cresceu ou da liderança que
não o preparou para os desafios da vida? Como líderes, temos que atentar
para o desenvolvimento da igreja.
É preciso haver crescimento tanto de forma quantitativa como qualitativa.
Como já mencionei em um outro artigo, “CRESCIMENTO QUANTITATIVO: QUEM NÃO DESEJA?”, a
igreja primitiva registrada no livro de Atos estava vivenciando um
crescimento de novos convertidos sem igual (Atos 2:41,4:4).
Em Atos 9:31 temos o
seguinte registro: “A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia,
Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no
conforto do Espírito Santo, crescia em número”. Era uma igreja que
estava crescendo tanto em números como espiritualmente. Aqui, a
qualidade não estava sendo descartada em detrimento ao crescimento
numérico.
Pelo contrário, a
demonstração de uma forte fé foi uma das razões do impressionante
número de convertidos no início da igreja. Eles tinham paz uns para com
os outros, eram edificados no Senhor, e cheios do Espírito Santo.
Um dos segredos de sermos
uma igreja forte, saudável e gloriosa, é justamente nós, como líderes,
sermos cheios do Espírito Santo. A nossa forma de liderar irá refletir
nos membros. Como alguém já afirmou, a igreja tem o pastor que merece e o
pastor tem a igreja que merece. É tempo de avivamento e quebrantamento
da igreja institucional. Precisamos gerar vida e não morte em nossos
membros.
Nossa pregação tem que
consistir em demonstração de poder, como afirmou o apóstolo Paulo em 1
Coríntios 2:4,5: “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em
linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de
poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no
poder de Deus”.
Liderança, doutrina,
conceitos sadios tem que gerar pessoas sadias. Vamos dar liberdade ao
Espírito Santo em nosso ministério e igreja! Que a igreja institucional
que serve ao Senhor Jesus Cristo, confiada a pessoas de todas as raças,
tribos e nações, não venha a ser uma pedra de tropeço, mas um canal de
ricas bênçãos!
* As opiniões expressas nos textos publicados são de
exclusiva responsabilidade dos respectivos autores e não refletem,
necessariamente, a opinião do Gospel Prime.
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